Papo de Mãe

Câncer infantil

pmadmin Publicado em 12/03/2010, às 00h00 - Atualizado às 18h17

12 de março de 2010


Olá, queridos!

O Papo de Mãe desta semana trata de um assunto bastante delicado: o câncer infantil. No programa desta última quinta, tivemos a oportunidade de conversar com mães e filhos com histórias emocionantes. A todos eles um grande beijo e o nosso sincero agradecimento por terem compartilhado suas experiências conosco e com todo o Brasil. Tenham certeza que o exemplo de vocês servirá como uma luz para quem está passando por um momento tão difícil como este. Muito obrigada de coração!Dando continuidade ao tema, o artigo a seguir foi retirado do site da GRAACC. Esperamos que seja útil a vocês! O câncer infantilNinguém espera que uma doença como o câncer possa atingir alguém com tão pouco tempo de vida. É por isso que muitos pais ficam aflitos quando descobrem que o seu filho tem a doença. Felizmente, com os avanços da pesquisa e dos tratamentos, o câncer infanto-juvenil – uma das causas de mortes não acidentais mais comuns entre crianças e adolescentes – já pode ser derrotado quando diagnosticado a tempo.Os pais devem ficar atentos a problemas que não somem. Após o diagnóstico devem procurar tratamento imediato que, se aplicado nas fases iniciais da doença, permite a cura em cerca de 70% dos casos.Sinais e sintomas:Atualmente, os métodos utilizados no tratamento do câncer infantil garantem altos índices de cura, perto de 70%. Mas, para se chegar nesse patamar, é fundamental o diagnóstico precoce.Fique atento aos sinais e aos sintomas da doença:– dores de cabeça pela manhã e vômito;
– caroços no pescoço, nas axilas e na virilha, ínguas que não resolvem;
– dores nas pernas que não passam e atrapalham as atividades das crianças;
– manchas arroxeadas na pele, como hematomas ou pintinhas vermelhas;
– aumento de tamanho de barriga;
– brilho branco em um ou nos dois olhos quando a criança sai em fotografias com flash.Muitos desses sintomas são semelhantes aos de várias doenças infantis comuns, mas, se eles não desaparecerem em um prazo de 7 a 10 dias, volte ao médico e insista para obter um diagnóstico mais detalhado com exames laboratoriais ou radiológicos.O que é o câncer?Câncer é um conjunto de doenças nas quais existe uma multiplicação anormal de células doentes. Às vezes, as células continuam tendo uma aparência normal e ficam só no lugar onde nasceram. Dizemos, então, que existe um tumor “benigno”. Quando as células têm aparência diferente do normal, multiplicam- se muito e têm a capacidade de produzir metástases, ou seja, começam a se espalhar por várias partes do corpo, dizemos que existe um tumor “maligno”, ou câncer.Apesar de o câncer ser raro em crianças, ele é a causa de morte mais frequente nesta idade, só ficando depois de acidentes e de doenças infecciosas. O câncer não é uma doença contagiosa. Na maior parte dos casos, não se sabe por que uma criança desenvolveu um tumor. Sabemos que, em geral, as crianças não herdam o câncer dos pais e nem nascem com ele.Tipos e principais tratamentos:LEUCEMIA – É o câncer mais comum na infância. Leucemias têm origem na medula óssea, o tutano dos ossos, onde é normalmente produzido o sangue. Manifesta-se com dor nos ossos ou nas articulações, palidez, manchas roxas, sangramentos, febre, abatimento, etc. A leucemia é diagnosticada através do mielograma, exame do sangue de dentro do osso. Existem vários tipos de leucemia: Leucemia Linfoide Aguda (LLA), Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMA) e Leucemia Linfoide Crônica (LLC – só em adultos). Além da medula óssea, as leucemias podem também acometer os testículos, endurecendo-os, e o líquor (líquido da espinha), provocando dores de cabeça e vômitos. As leucemias podem ter índices de cura de até 80% quando tratadas com quimioterapia. Em alguns casos, podem-se indicar também radioterapia e transplante de medula.TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL – Os tumores do sistema nervoso central, cérebro e cerebelo são os tumores sólidos (que não leucemias e linfomas) mais frequentes em crianças. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça e vômitos pela manhã, tontura e perda do equilíbrio. Qualquer criança com persistência desses sintomas deve ser examinada por um médico neurologista, além de realizar tomografia ou ressonância nuclear magnética do crânio. O diagnóstico do tipo exato de tumor é feito durante a cirurgia. Os tumores benignos são tratados apenas com cirurgia. Para os tumores malignos são, em geral, necessárias quimioterapia e radioterapia.LINFOMA NÃO HODGKIN – Mais frequente no sexo masculino, ocorre principalmente entre os 4 e 8 anos de idade. Atinge qualquer parte do corpo, principalmente tórax e abdome. Quando o linfoma é na barriga, do tipo Brukit, pode causar parada de evacuações e dor na barriga. Como o tratamento é feito com quimioterapia, não deve ser realizada cirurgia para a retirada do intestino. Quando o linfoma é no tórax, pode causar tosse ou falta de ar. O diagnóstico dos linfomas depende de biópsia do tumor. Quando diagnosticado precocemente, os índices de cura são de 80%.NEUROBLASTOMA – Ocorre geralmente em crianças com menos de 5 anos. Os locais mais comuns são abdome, tórax e pescoço, perto da coluna vertebral. Pode afetar o fígado, ossos e a medula óssea. Todos os tumores do abdome podem ser confundidos com verminose. Se a criança tem aumento da barriga que não melhora, deve-se procurar um médico para avaliação. Os tumores que crescem próximos da coluna vertebral podem causar fraqueza nas pernas, dor e perda do controle da eliminação de fezes e urina. Se o tratamento não for iniciado a tempo, a criança pode ficar com paralisia definitiva. Para diagnosticar o neuroblastoma é necessário, em geral, realizar uma biópsia do tumor, ou seja, retirar um pedaço pequeno através de cirurgia para que um médico patologista possa vê-lo no microscópio. Os neuroblastomas são tratados com cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, indica-se radioterapia e transplante de medula.TUMOR DE WILMS –  É um tumor frequente na infância, geralmente aparece antes dos 5 anos de idade. O tumor de Wilms nasce nos rins, manifestando-se como uma massa no abdome. A criança pode ainda apresentar sangue na urina, dores abdominais e pressão alta. O exame mais indicado para o diagnóstico é o ultrassom. O tratamento é cirurgia, em que se retira o rim comprometido, seguido, em geral, de quimioterapia e, em alguns casos, de radioterapia. A cura está estimada em torno de 90% dos casos.SARCOMAS DE PARTES MOLES – São tumores que podem ocorrer em músculos, gordura e articulações. Afetam tanto crianças, quanto adolescentes e adultos. Existe um aumento progressivo, inchaço no local do tumor e, em geral, há dor e a pele pode ficar vermelha. Os sarcomas podem ocorrer na cabeça, no pescoço, na área genital, nos braços e nas pernas. Em adolescentes, pode localizar-se na região dos testículos, provocando aumento do escroto, sendo confundido com hérnias. O paciente não pode ter vergonha de contar seu problema ao médico! Para diagnosticar os sarcomas é muito importante que um médico experiente em câncer realize uma biópsia a fim de examinar o tumor no microscópio. O tratamento dos sarcomas é feito, em geral, com cirurgia e quimioterapia.TUMORES ÓSSEOS – São mais frequentes em adolescentes. Quase sempre a criança conta que teve uma batida, que causou dor, mas a dor não vai embora. O local mais comum é logo acima ou logo abaixo do joelho. A pele pode ficar vermelha e quente e, quando o tumor cresce, é possível ver também um inchaço no local. Esses sintomas podem ser confundidos principalmente com infecções ou dores de crescimento. Para diagnosticá-lo, é importante fazer raio X do local doloroso, e um médico ortopedista, com bastante experiência em câncer, deve realizar uma biópsia com agulha, sem cortar a pele. Os tipos mais comuns de tumores ósseos malignos são osteossarcoma e Sarcoma de Ewing. O tratamento é feito com cirurgia e quimioterapia. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para até 70%.RETINOBLASTOMA – Afeta os olhos e geralmente ocorre antes dos 4 anos de idade. A principal manifestação é um reflexo brilhante no olho doente, parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando iluminados à noite. As crianças podem ainda ficar estrábicas (vesgas), ter dor nos olhos ou perder a visão. Alguns retinoblastomas são hereditários. Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente desde a hora do nascimento para que o diagnóstico seja o mais precoce possível. Os retinoblastomas são diagnosticados por médicos experientes através do exame do fundo de olho, com a pupila bem dilatada. Em geral, não se deve realizar biópsias. Os tumores pequenos podem ser tratados com métodos especiais, que permitem que a criança continue a enxergar normalmente. Nos casos adiantados, o olho pode precisar ser retirado e a criança pode precisar de quimioterapia e/ou radioterapia.DOENÇA DE HODGKIN – É um tumor que acomete gânglios e baço mais frequente em adolescentes. A maioria dos casos começa com adenomegalias, “ínguas” que vão crescendo no pescoço, nas axilas ou na região inguinal. A criança pode apresentar febre prolongada e perda de peso. O diagnóstico do Linfoma de Hodgkin é feito através de biópsia de um gânglio aumentado de tamanho. O tratamento é feito com quimioterapia e radioterapia. Atualmente, em cada 100 crianças tratadas adequadamente, 85 ficam completamente curadas.HISTIOCITOSE – Apesar de não ser câncer, a histiocitose é uma doença tratada por oncologistas, pois muitas vezes as crianças precisam de quimioterapia para melhorar. Pode apresentar-se como uma dermatite seborreica de difícil tratamento, otite com pus nas orelhas que vai e volta, lesões na pele, fígado e baço aumentados, lesões nos ossos e anemia.TUMORES GERMINATIVOS – São tumores do ovário ou testículos, raros na infância. Os tumores de ovário podem causar dores abdominais, geralmente crônicas, puberdade precoce (crescimento dos seios e aparecimento de pelos antes do tempo) e tumorações palpáveis. Os meninos com testículos que não desceram para a bolsa escrotal (criptorquidia) devem ser vigiados com ultrassom, pois a incidência de câncer é 20 a 40 vezes maior nesses casos. O sinal de alerta é o aumento da bolsa escrotal, confundido muitas vezes com hérnia. O diagnóstico é feito na cirurgia em que se retira o tumor. Nos meninos é importante ainda que a cirurgia seja realizada pela barriga e não abrindo o escroto. O tratamento é realizado com cirurgia e quimioterapia.—Conheçam o belo trabalho desenvolvido por esta instituição acessando o http://www.graacc.org.br/ATENÇÃO: Para quem perdeu o programa desta última quinta-feira, ainda há chance de assistir às reprises no DOMINGO, 13h30, na SEGUNDA, 12h30, e na TERÇA, 18h30.E para quem está acompanhando a luta de nossa amiga e telespectadora Letícia Godoy, de Brasília, uma notícia animadora: seu filho Lucas, 16 anos, deixou ontem a UTI e seu organismo vem reagindo bem ao tratamento quimioterápico. Viva!!! Estamos na torcida!!!Também estamos na torcida pela Amanda, filha da Joilza, de Bagé/RS, que nos mandou um relato emocionado. Querida Joilza, muita que tudo vai dar certo!!!

Agora, com a palavra o nosso telespectador Marcos Maciel, que nos enviou a seguinte mensagem:

Boa noite! Meu nome é Marcos Maciel, estudante de medicina, e envio este e-mail com único intuito de elogiar pelo belo programa de hoje(11/03). O assunto foi tratado com delicadeza e muitíssimo bom gosto. Parabéns!Marcos, nós é que agradecemos pela sua audiência e participação!!!Bom, gente, no decorrer da semana continuaremos abordando o assunto. Acompanhem nosso blog: tornem-se nossos SEGUIDORES ou assinem nosso FEED para ficarem por dentro das novidades do programa!Um grande beijo,Equipe Papo de Mãe