Papo de Mãe

Mulheres têm mais riscos de ter um AVC. Saiba como prevenir a doença

Roberta Manreza Publicado em 29/10/2016, às 00h00 - Atualizado em 31/10/2016, às 09h19

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29 de outubro de 2016


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Médico especialista fala sobre os sintomas, causas e prevenção

O AVC, acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, é um entupimento ou rompimento de vasos que levam sangue ao cérebro, o que ocasiona uma paralisia na área em que acabou ficando sem a circulação sanguínea adequada. Segundo o Dr. Elia Ascer, cardiologista do Docway (www.docway.co), existem dois tipos de AVC: o Isquêmico, quando ocorre o entupimento dos vasos que levam o sangue até o cérebro; e o Hemorrágico, que rompe os vasos sanguíneos provocando sangramentos no cérebro.

Dados da Organização Mundial de AVC, a World Stroke Organization, apontam que seis em cada dez mortes por Acidente Vascular Cerebral acontecem com mulheres, devido ao número aumentado de fatores de risco. Ainda segundo dados da organização, uma a cada cinco mulheres pode sofrer um AVC. “Até os 50 anos as chances que AVC são maiores nos homens, porém, após essa idade, elas igualam ou até aumentam nas mulheres devido as grandes mudanças que o organismo feminino apresenta”, explica o médico.

Segundo o especialista, o uso de pílulas anticoncepcionais (especialmente no caso de mulheres com hipertensão), a reposição hormonal após a menopausa, colesterol, diabetes, além da mudança do estilo de vida da mulher, acabam aumentando os riscos de um AVC. “O estilo de vida da mulher mudou muito nos últimos anos, o aumento do consumo de bebidas alcoólicas, do tabagismo, do stress, atrelados a todos os outros sintomas, aumentam os riscos da patologia”, comenta.

O AVC na mulher é sempre mais agressivo, podendo deixar sequelas graves. Por isso, estar atenta aos sintomas e ao estilo de vida é fundamental para essa prevenção. “Com cuidados básicos e maior atenção conseguimos atenuar os danos causados pelo AVC, ao menor sinal a vítima deve ser levada imediatamente ao hospital, já que os danos são consideravelmente menores se o atendimento for rápido”, detalha Ascer.

Independente do tipo de acidente que a paciente teve, suas consequências são sempre danosas, já que o AVC é um dos que mais impactam na capacidade de realização de tarefas, até mesmo as mais simples. “O tratamento e a reabilitação dependem das particularidades do caso, já que o Acidente Vascular Cerebral acontece em determinadas intensidades, desde a menor que pode não causar sequelas, as mais graves, que podem impossibilitar a pessoa de sair da cama e até levar a morte”, conta o especialista.

Para finalizar, Ascer lembra que muitos são os fatores que contribuem para o Acidente Vascular Cerebral, alguns não podem ser mudados, como a idade. Porém, outros fatores que podem levar ao problema como a hipertensão, a diabetes e a obesidade podem ser diagnosticados tratados. “Hábitos saudáveis e pratica de atividades físicas, ajudam a prevenir doenças e a diminuir as chances da paciente sofrer um AVC”, completa.

Dr. Elia Asce é graduado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. Mestre em Farmacologia Cardiovascular pela Rochester University e pela Trufts University. Doutor em Cardiologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – INCOR. Professor de Pós-graduação em Cardiologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo.




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