Papo de Mãe

Quanto tempo leva para se dar um diagnóstico de autismo?

Roberta Manreza Publicado em 02/04/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h39

2 de abril de 2017


Leonardo Ambrosio 7 de maio de 2015Psicologia

Quanto tempo leva para se dar um diagnóstico de autismo?

Condição que afeta muitas pessoas em todo o mundo, o autismo tem um impacto gigante na vida de um indivíduo e de sua família. Entretanto, bem como a explicação de como a doença chegou até o ente querido, os médicos não encontram facilidades ao propor um diagnóstico da doença.

Com tudo isso em mente, em meio a um cenário de crescimento dos casos da doença, o jornal britânico ‘The Conversation’ entrevistou mais de 1000 pais no Reino Unido que passaram pelo processo do diagnóstico da doença com seus filhos. De acordo com uma publicação no portal, os pais aguardaram de três a quatro anos antes de ter a confirmação do diagnóstico do autismo em seus filhos. Não é nada espantoso quando a pesquisa afirma que metade dos pais não estavam satisfeitos com o processo como um todo.

autismo

Os portadores da condição, que afeta adultos e crianças, possuem dificuldades em interagir socialmente e mostram comportamentos repetitivos, interesses e rotinas “diferentes” das pessoas sem a condição. Até pouco tempo, as crianças e adultos com a doença recebiam diferentes nomes, como “autismo clássico” ou “síndrome de Asperger” para explicar seus comportamentos. Entretanto, o portal britânico diz que existe uma mobilização entre os especialistas para encontrar uma nomenclatura mais genérica para todos que apresentem os sinais típicos do autismo.

De acordo com o ‘The Conversation’, as pessoas com o “autismo clássico” foram diagnosticadas muito mais rapidamente, ao contrário daqueles com a chamada síndrome de Asperger. Esta condição, de acordo com o portal, pode ser percebida desde idades infantis, quando a criança já tem dois anos de idade, por exemplo, e ainda não fala, além de não ter engajamento social com seus pais (o que também acontece com o autismo). Entretanto, o problema é que quando a criança fala normalmente e alcança seus marcos iniciais de desenvolvimento, os pais tendem a negligenciar a inaptidão social e comportamentos autistas por acreditar se tratar apenas de “peculiaridades” da criança. Tudo muda, porém, quando o indivíduo alcança a idade escolar, e os sintomas passam a ser mais aparentes.

Pais x Serviços Médicos

Embora o ‘Conversation’ mostre que os pais normalmente percebem os sintomas do autismo, os profissionais de saúde nem sempre agem como deveriam quando são alertados. Em muitos casos, os profissionais preferem esperar e ver se os comportamentos vão se dissipar ao longo do tempo – efetivamente retardando o diagnóstico. Os especialistas dizem que isso é feito para evitar o risco de rotular uma criança que mais tarde pode vir a superar tais comportamentos.

A maioria dos pais não concorda com esse ponto de vista, e pedem por um diagnóstico mais rápido e fácil, já que acreditam que ele pode ajudar os parentes a ajudar e apoiar o filho. Isso enfatiza a necessidade de pais e profissionais possuírem um diálogo mais aberto durante o processo do diagnóstico.

Adultos também vêm sendo afetados

Apesar da crença popular de que o autismo é uma “doença de crianças”, a publicação traz a informação de que um crescente número de adultos está sendo diagnosticados com a condição em idades mais avançadas. O espantoso é que mesmo em idade avançada, o problema com os serviços de saúde parece persistir. No Reino Unido, uma mulher relatou uma abordagem revoltante por parte do médico: “Por que uma bela garota como você iria querer um diagnóstico desse tipo?”.

Fonte: The Conversation

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