7 Dicas para manter seu bebê aquecido, seguro e saudável durante o inverno

Roberta Manreza Publicado em 02/07/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h04

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2 de julho de 2017


Imagem: Revista Crescer

Por Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros*, pediatra

O inverno mal começou e as dúvidas e preocupações com febre, gripe, resfriado, conjuntivite, dor de garganta e uma série de viroses respiratórias já é rotina para pais e cuidadores. Tudo é intensificado no inverno, e as temperaturas mais baixas geralmente indicam a necessidade de uma supervalorização da fragilidade dos pequenos. O que não deixa de ser verdade, basta observar os prontos-socorros, clínicas e hospitais lotados neste período.

Para dirimir dúvidas e auxiliar a melhor conduta de pais e cuidadores, o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da MBA Pediatria, especialista pela Unifesp e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, selecionou as principais dúvidas recebidas em seu consultório e lista algumas dicas para ajudar a proteger as crianças no inverno:

1 – Manter o nariz limpo – Bebês com menos de 1 ano de idade tendem a respirar quase que exclusivamente pelo nariz e, por isso, é importante mantê-lo sempre limpo. O uso de soro fisiológico para limpar o nariz do bebê evita a desidratação e a formação de crostas no canal, além de impedir que agentes infecciosos que circulam no ar entrem em contato com a mucosa e o organismo do bebê.

2 – Banho do bebê no frio – Nos dias mais frios, por mais que queiramos manter os bebês quentinhos, o banho não deve durar mais que 10 minutos e a temperatura da água não pode ultrapassar os 37°C. Tudo isso ajuda a prevenir o resfriamento do corpo, que pode prejudicar a saúde do bebê.

No preparo do banho, pré-aqueça o ambiente, mantenha portas e janelas fechadas, evitando assim a corrente de ar. Deixe a troca de roupa bem próximo para que o bebê não circule pela casa sem estar devidamente agasalhado.

No inverno, o ressecamento da pele é frequente e um dos motivos pode ser a temperatura inadequada do banho. Por isso, mantenha a água em 37°C.

3 – Vestir o bebê para o frio – É importante que os pais fiquem atentos quanto à vestimenta escolhida para o dia, isso porque os pequenos transpiram bastante e a quantidade de roupa pode incomodá-los, tanto por estarem com calor como com frio, devido ao suor que esfriou e molhou as peças. Às vezes, a irritação e o choro sem motivo aparente têm apenas uma causa: o excesso de roupas.

Na hora de dormir, mesmo sendo genuína a preocupação em agasalhar os filhos para que tenham um sono tranquilo e quentinho, cuidado para não deixar mantas ou gorros próximos ao bebê, evitando que durante a madrugada, caso ele acorde ou role no berço, não se sufoque com estas peças de roupas.

4 – Vacinação em dia – Nesta época do ano, com poucas chuvas e o ar mais seco, crianças e bebês são alvos comuns de gripes e resfriados. Isso porque o organismo dos pequenos ainda étem um sistema imunológico imaturo, podendo sofrer ataques de agentes infecciosos ao sistema respiratório. Nestas situações, procure sempre um pediatra para uma avaliação mais criteriosa e diagnóstico precoce.

Vale lembrar ainda que é imprescindível manter a vacinação em dia, desde o primeiro mês do recém-nascido, para maximizar o potencial protetor para a criança.

5 – Aquecedores e vaporizadores – Quanto ao uso de vaporizadores no quarto, não há problema, pois o aparelho poderá ajudar os pequenos a respirar melhor. Já os aquecedores a óleo, aquecidos por uma resistência elétrica no interior do aparelho para gerar calor, são a melhor opção por disporem de radiadores pelo qual o ar circula e que mantém o ambiente quente sem ressecá-lo.

6 – Manter o quarto arejado – Quando a criança estiver fora do quarto, pais e cuidadores devem abrir as janelas e deixar o ar circular no ambiente, livrando-o de possíveis agentes infecciosos que aí tenham se alojado. Na hora de dormir, mantenha tudo fechado novamente.

Mantenha também a limpeza do quarto diariamente. Porém, observe as informações nos rótulos dos produtos utilizados, uma vez que alguns contêm em sua fórmula componentes químicos que podem agredir quimicamente a criança. Na dúvida, fale com seu pediatra.

7 – Higiene das mãos – Lavar bem as mãos das crianças é uma medida muito eficaz para prevenir resfriados e outras viroses respiratórias no inverno. Principalmente para as crianças em idade escolar que ficam em ambientes fechados, o que contribui para a transmissão de doenças por via aérea e também por agentes transmissores que ficam nas superfícies.

Como prevenção, a higienização das mãos deve ser feita ao chegar da rua, da escola, antes das refeições, após ir ao banheiro ou quando tossir e espirrar.

O hábito de lavar as mãos começa na infância e, educadas corretamente, se estenderá por toda vida. Para a higienização correta das mãos basta usar sabonete comum, esfregando todos os dedos e fazendo movimentos de fricção entre eles. Pode-se também usar álcool em gel. Toda criança leva as mãos à boca e ao nariz constantemente, permitindo muitas vezes a autoinoculação do vírus. Do mesmo modo, é importantíssimo que pais e cuidadores tenham o mesmo hábito e atenção na lavagem frequente das mãos.

De modo geral, o pediatra Sylvio Renan esclarece que a intensificação dos cuidados no inverno deve ser seguida durante todo o ano, sempre com atenção redobrada na higiene, alimentação adequada (no mínimo, até os 6 meses de idade o único alimento de que o bebê necessita é o leite materno) e vacinação em dia das crianças. Tudo isso favorece uma melhor qualidade de vida, de forma saudável e confortável para cuidadores, pais e crianças.

*Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros – Graduado pela Faculdade de Medicina do ABC, com especializações e títulos pela Unifesp/EPM, Sociedade Brasileira de Pediatria e General Pediatric Service da University of California (UCLA, Los Angeles, EUA). Atuou por quase 30 anos no Pronto Socorro Infantil Sabará e foi diretor técnico do Hospital São Leopoldo, cargo que deixou para se dedicar ao seu consultório, a MBA Pediatria, e à literatura médica para leigos. É autor dos livros “Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses” e “Pediatria Hoje”.




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