​Dia mundial de doação de leite humano: Amamentar é insubstituível até os 6 meses, diz especialista

Roberta Manreza Publicado em 19/05/2017, às 00h00 - Atualizado às 07h45

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19 de maio de 2017


Por Rodrigo da Rosa Filho*, obstetra e especialista em reprodução humana

Educação e preparo devem começar na gravidez.

No dia mundial de doação de leite humano (19 de maio), o obstetra e especialista em reprodução humana Rodrigo da Rosa Filho ressalta quais são os benefícios da amamentação. “O aleitamento materno é recomendado de forma exclusiva – sem oferecer outro alimento ao bebê, até os seis meses de idade. Ele previne a anemia, alergias, obesidade e a intolerância ao glúten. Além disso, aumenta o vínculo entre mãe e filho e colabora para que a criança se relacione melhor com outras pessoas”.

Ainda segundo o Dr. Rodrigo, “imediatamente após o parto, já existe o colostro. A partir de então, a criança deve ser amamentada na hora e quando quiser. Nos primeiros meses, é normal que o bebê mame com frequência e sem horários regulares. Em geral, um bebê em aleitamento materno exclusivo, mama de oito a 12 vezes ao dia. Com o tempo, a tendência é que a criança estabeleça os horários das mamadas”, explica o médico, que alerta, “as mamadas na fase de recém-nascido não devem ultrapassar seis horas, após esse período o bebê deve ser acordado pela mãe.”

Para auxiliar o aumento da produção de leite, Rodrigo orienta que a mãe mantenha uma alimentação saudável, realize refeições equilibradas, evite alimentos industrializados e embutidos, refrigerantes e não consuma bebida alcoólica durante toda gestação e depois do nascimento do bebê – no período da amamentação. A mãe também deve ingerir em média três litros de água, chá ou suco natural por dia, pois o organismo entende que ao amamentar ocorre perda de líquido e descansar enquanto seu bebê dorme.

O especialista também indica algumas ações práticas. São elas:

Rodrigo da Rosa Filho é Graduado em medicina pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM),  membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP),  co-autor/colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da SBRH e autor do livro ” Ginecologia e Obstetrícia- Casos clínicos” (2013). É diretor clínico e sócio-fundador da clínica de reprodução humana Mater Prime.   ​




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