Mar e piscina: saiba como prevenir as infecções de ouvido

Mar e piscina: saiba como prevenir as infecções de ouvido. É importante seguir algumas recomendações para aproveitar o verão sem problemas.

Roberta Manreza Publicado em 02/01/2018, às 00h00

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2 de janeiro de 2018


Por Dra. Jeanne Oiticica*, otorrinolaringologista

Saiba como prevenir as infecções de ouvido e curtir a estação mais quente do ano

Criança e água é a combinação perfeita para a época mais quente do ano. Mas é importante seguir algumas recomendações para aproveitar o verão sem problemas de ouvido. O contato frequente com a água e a umidade no interior do canal do ouvido são fatores que podem predispor as infecções.

Porém a água associada a outros fatores pode desencadear sintomas. “Cutucar o ouvido com haste flexível de algodão pode ser a gota d´água. Se o mergulho foi no mar pior ainda, pois, além da umidade e da água, temos a areia, que penetra no canal do ouvido. Esses fatores unidos potencializam as chances de infecção”, explica a médica otorrinolaringologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Dra. Jeanne Oiticica.

No verão o número de inflamações e infecções aumentam, já que a umidade, o excesso de exposição à água e o suor quando acumulados no interior do canal do ouvido, uma cavidade parcialmente fechada, tendem a favorecer a proliferação de fungos e bactérias.

Segundo a especialista a pergunta chave é o que NÃO fazer. É fundamental não introduzir nada no canal do ouvido, nenhuma haste, não cutucar, pois isso pode criar microfissuras na pele, o que desencadeia infecção.

“Entretanto, também é fundamental saber o que fazer. Deve-se secar o ouvido com uma toalha felpuda, com o próprio secador de cabelo, ou pingando uma gota de vinagre incolor no canal. Caso nada disso resolva, procure o especialista em otorrinolaringologia para resolver a situação de maneira mais adequada possível”, esclarece a médica.

Os pais devem prestar atenção aos seguintes sinais, que sãos alertas da necessidade de procurar o especialista:

*Quando os sintomas não melhoram, mesmo após algumas tentativas de secar o ouvido

* Quando há piora dos sintomas ou surgem outros associados como dor de ouvido, sensação de ouvido tampado, otorreia (secreção que drena do canal do ouvido) e febre.

Além da secagem explicada acima, existem fórmulas que podem ser prescritas pelo médico otorrinolaringologista com o intuito de secar o canal do ouvido após exposição excessiva à água. “Lembre-se: Nunca introduza hastes no canal do ouvido, esse ato além de predispor a infecções, pode levar à perfuração do tímpano e em alguns casos até mesmo surdez”, alerta a especialista.

*Dra. Jeanne Oiticica

Médica otorrinolaringologista, concursada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Orientadora do Programa de Pós-Graduação Senso-Stricto da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP.

Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professora Colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Responsável do Ambulatório de Surdez Súbita do hospital das Clínicas – São Paulo.




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