RELATO DE MADRASTA

pmadmin Publicado em 13/05/2011, às 00h00 - Atualizado às 18h59

13 de maio de 2011


Oi, pessoal!Para encerrarmos as postagens sobre o tema MADRASTAS, temos um relato para vocês. Na verdade, é um desabafo de madrasta. Nós da equipe Papo de Mãe, além de agradecer à Manoeli por enviar este relato, ficaremos na torcida para que as coisas melhorem. Um grande beijo e obrigada mais uma vez por compartilhar sua experiência conosco!  “Olá, sou Manoeli, tenho 32 anos e uma filha de 2 anos.  Tenho dois enteados, uma pré-adolescente e um adolescente. Somos uma “família diferente”, vou tentar resumir minha história… Estou há seis anos com meu “namorido”, porém, não moramos juntos. Ele mora com os pais dele e os dois filhos, e eu com nossa filha, juntamente com meus pais. A minha convivência com os filhos dela não é o que eu sonhava, não sei se por que não moramos juntos ou pelo fato de não ser “a mãe” deles. No início, tentei me aproximar carinhosamente, entretanto um muro era sempre erguido entre a gente. Tentei ser a “boadrasta” que sempre levava para passear, comprava lanches e fazia as vontades, porém, isso não impedia de estar sempre ouvindo “você não é minha mãe”, principalmente quando a situação se dava quando algo de errado acontecia e eram repreendidos por mim. Meu “namorido” de certa forma cobra minha atuação na educação deles, só que me sinto, muitas vezes, de pés e mãos amarrados, pois como não moramos juntos, fica complicado colocar regras, impor limites se não posso coordená-las. Ambos são carentes de amor e atenção materna, assunto que não vou abordar aqui, mas  eles não me permitem tentar ser esse amor. Sempre quando converso com eles afirmo e reafirmo que não sou mãe deles, que a mãe deles está viva, entretanto estou junto com o pai deles há seis anos, estou os vendo crescer e esse é um dos motivos que me sinto responsável por eles. Já que almejamos morar juntos, desejaria, pelo menos, que eles me vissem como amiga. Mas a minha condição vai além deles me aceitarem ou não, é toda uma circunstância de vida, de cotidiano e, principalmente, do psicológico dessas crianças. Não sei se estou ajudando muito com meu relato, pois realmente resumir a história e a ceara que tange a minha vida com meu “namorido” e os filhos dele, envolve família de ambas as partes, envolve o comportamento da ex-mulher dele, envolve não estarmos morando juntos, entretanto somos muito unidos e graças a Deus até hoje apaixonados. Sabe aquele ditado “só Freud explica”? Minha situação se encaixa perfeitamente… Às vezes lamento muito estar vivendo desse jeito, não é o que imaginava há seis anos quando iniciei meu relacionamento. Sabia que namorar um homem com dois filhos e ex-mulher não seria fácil, mas não pensei que fosse tão difícil. E depois que minha filha nasceu realmente as coisas se complicaram. Assumo que não dou mais tanta atenção aos meninos como antes, me preocupo com o básico. Agora tenho a quem dar amor, me preocupar com a educação, mas ainda tenho que administrar com a minha filha de apenas dois anos o fato do  pai dela ir todo dia embora dormir em outra casa…” Por Manoeli – Salvador – BA.DICA DE HOJE Já estão no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo 23 títulos de jornais e revistas publicados pelo movimento negro brasileiro no início do século XX. Acesse: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/ .


Madrastas