Dia Mundial da Síndrome de Down traz conscientização sobre a importância da inclusão na sociedade

A pediatra Dra. Maria Raquel ressalta a necessidade de acolhimento das crianças desde o diagnóstico da Síndrome de Down, ainda durante a gestação

Dra. Maria Raquel Moreira Yazbek Publicado em 10/03/2022, às 13h00

Com acompanhamento adequado, as pessoas com Síndrome de Down podem ser inseridas em todos os setores da sociedade -

Comemorado em 21 de março, o Dia Mundial da Síndrome de Down tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da inclusão de pessoas com trissomia do cromossomo 21 na sociedade. A pediatra Dra. Maria Raquel Moreira Garutti Yazbek destaca alguns cuidados especiais a se tomar desde o momento da descoberta da trissomia.

“Ainda na gestação, quando já pode ser feito o diagnóstico, é preciso realizar um acolhimento imediato da família e principalmente da criança com T21, pois ela pode ter algumas características físicas e neurológicas importantes a serem atendidas já no parto. Com um acompanhamento adequado é possível que ela seja inserida em todos os âmbitos da sociedade, desde a primeira infância e o período escolar, até em sua vida adulta”, explica.

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Outro ponto de atenção destacado pela pediatra é a necessidade de mudar o pré-conceito em relação a condição, especialmente na ideia geral da síndrome, que não é propriamente vista como uma doença, mas sim como uma condição genética.

“Não se caracteriza mais todos os casos como Síndrome de Down e sim como T21, a trissomia do cromossomo 21, que pode acometer o indivíduo em vários graus, podendo atingir mais ou menos alguns aspectos físicos e intelectuais".

Entre as principais características que sinalizam a presença de T21, a especialista aponta os traços físicos, em geral diagnosticados através de um exame clínico, embora haja a possibilidade de um exame genético. “Geralmente as crianças possuem raiz nasal achatada, baixa estatura, mãos pequenas e dedos curtos, olhos com linha ascendente, dobras da pele nos cantos internos e prega palmar única”.

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Diante desse cenário, também é essencial que bebês e crianças com trissomia sejam acompanhadas desde cedo a fim de diagnosticar possíveis anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. O tratamento precoce pode até mesmo impedir que esses problemas resultem em consequências definitivas à saúde dessas pessoas.

A Dra. Maria Raquel Moreira Yazbek


*Dra. Maria Raquel Moreira Yazbek é médica pediatra formada pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), com especialização em Gastroentoterologia e Hepatologia Infantil pelo Hospital das Clínicas, na Faculdade de Medicina de São Paulo (USP). Também possui especialização em Pediatria pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).

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