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Empreendedorismo passado de mãe para filha garante sucesso nos negócios

Ter o espelho da mãe empreendedora dentro de casa foi fundamental para filha não deixar de sonhar e abrir sua própria empresa

Redação Papo de Mãe Publicado em 05/06/2022, às 06h00

Lúcia e Marina, mãe e filha
Lúcia e Marina, mãe e filha

Segundo dados do Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), o Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo. Dos 52 milhões de empreendedores no país, 30 milhões são mulheres, o que corresponde a 48% do total.

E assim é na família Meirelles Ratton. Lúcia e Marina, mãe e filha fazem parte desses números como empreendedoras. Não trabalham juntas, mas ter um modelo feminino de empreendedorismo dentro de casa fez com que Marina seguisse os passos da mãe ao abrir a própria empresa em 2020.

Lúcia Meireles Ratton de 66 anos, sempre foi uma guerreira. Esposa e mãe em São Gonçalo do Sapucaí, cidade pequena do interior de Minas Gerais, nunca ficou em casa deixando que apenas o marido trabalhasse. Desde pequena já arregaçava as mangas para ganhar seu próprio dinheiro e ainda criança “trabalhou” para os irmãos como manicure e professora.

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Estudou marketing, mas na cidade pequena não havia mercado para a recém-formada, que retornava da capital. Mas, não esmoreceu ao perceber que estava sem trabalho e abriu um brechó. Depois, casada e com certo entendimento de negócios, montou com o marido o primeiro restaurante a quilo da cidade, que prosperou por 12 anos.

Com apenas 8 anos, a filha Marina Ratton, ajudava no restaurante como garçonete e por muitos anos trabalhou com os pais no comércio. Além de ajudar no restaurante, Marina dava aulas de inglês gratuita para as filhas das funcionárias da mãe. Lúcia dizia que a filha tinha que compartilhar o que aprendia. 

Hoje é produtora de cafés especiais e faz parte do Café das Mulheres, prêmio voltado para programas sociais. Mas não é só isso. Ainda faz trabalho voluntário e é grande incentivadora de outras mulheres na busca de seus sonhos. “A mulher precisa entender o momento dela, o espaço dela. Vejo grandes movimentos em relação a isso, pois temos capacidade de fazer o que quisermos e de ganhar dinheiro, sozinhas ou junto com o parceiro”, diz. 

Marina Ratton, filha de Lúcia e CEO da Feel, conta que ver a mãe sempre trabalhando e indo atrás de seus planos, foi um grande espelho. “Ela também sempre me incentivou a ter meu próprio dinheiro. Por isso, fui à luta e não desisti de abrir minha empresa”, relata. 

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Como especialista em marketing, experiência do cliente e inovação, Marina percebeu que algumas demandas do universo íntimo feminino eram negligenciadas pelo mercado. Foi assim que nasceu a Feel, uma das primeiras marcas nacionais a desenvolver produtos para o bem-estar íntimo e sexual feminino, que em menos de um ano de existência passou pelo programa de aceleração Pulse da B2Mamy, foi selecionada para a primeira turma de aceleração do Grupo Boticário e, mais recentemente, levantou 550 mil reais pela plataforma de investimento Wishe Capital. 

Segundo Lúcia, Marina é uma empreendedora nata. “Nada me surpreende quando vejo minha filha nesse caminho. Ela sempre foi determinada, começou sozinha e hoje me dá muita alegria ver aonde chegou. E é uma lutadora, porque a vida é uma luta. Mas todo mundo colhe bons frutos quando trabalha corretamente”, orgulha-se a mãe de Marina. 

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