É preciso acompanhamento médico para tomar indutor de ovulação
Redação Papo de Mãe Publicado em 06/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h05
O ginecologista, obstetra e especialista em medicina reprodutiva, Gustavo Kröger, explica o que é a indução de ovulação no tratamento para engravidar. Quais os benefícios e quais são os riscos de iniciar o tratamento sem acompanhamento médico?
Os indutores de ovulação são medicamentos utilizados apenas com indicação médica. São comprimidos que estimulam a produção de hormônios para formação de óvulos. Só que estes medicamentos também oferecem riscos e apenas deve ser usado com recomendação médica. Ele pode, inclusive, atrapalhar a gravidez.
Os medicamentos agem diretamente na hipófise e também no endométrio e o torna menos fino. Eles podem ajudar a mulher a ovular, mas podem também prejudicar a fixação do embrião. O acompanhamento é necessário para calcular doses e medir riscos.
A indução de ovulação é indicada para mulheres com dificuldades de ovular, como as que têm síndrome de ovários policísticos. Essas mulheres menstruam a cada três meses. Se a mulher não menstrua, não há ovulação. Com a indução, 80% das mulheres passam a menstruar todo mês e ovular, mas apenas metade conseguem engravidar.
Outro risco é gestação múltipla, o que é mais um motivo para que a indução seja controlada. O indutor de ovulação hiperestimula os ovários e faz com que a mulher ovule duas, três ou quatro vezes.
O ser humano foi feito para engravidar de um bebê por vez. Esse tipo de gestação pode acabar trazendo diversos problemas." (Dr. Gustavo Kröger)
As consequências podem ser graves para a mulher e, por isso, a melhor alternativa é realizar o acompanhamento médico.