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As mudanças na vida escolar dos nossos filhos

Stella Azulay fala sobre as transformações na vida escolar das crianças e adolescentes e dá quatro dicas para lidar com elas

Maria Cunha* Publicado em 18/01/2022, às 16h24

Stella Azulay é colunista do Papo de Mãe
Stella Azulay é colunista do Papo de Mãe

A vida escolar dos filhos faz parte de forma intensa da vida dos pais. Agora, no retorno às aulas, principalmente, muitas mudanças aconteceram. A colunista do Papo de Mãe, Stella Azulay, em seu primeiro vídeo do ano, fala sobre o assunto e destaca que os pais, por terem mais consciência das transformações recentes, terão que ajudar os filhos a lidarem com elas.

Duas mudanças que a diretora da Escola de Pais e Adolescentes XD traz são a troca de escola e a questão de que muitos alunos repetiram de ano. Em razão disso, Stella Azulay traz quatro dicas de como lidar com essas novas situações.

Assista ao vídeo da Stella Azulay sobre as mudanças na vida escolar dos nossos filhos

1. Perguntem como eles estão se sentindo com essa mudança

Segundo a colunista, é essencial chegar e conversar com a criança ou adolescente e puxar o tema, o assunto, mesmo que elas sejam pequenas.

“Existe uma forma sutil, delicada e acessível para que vocês possam conseguir tirar as emoções que eles estão sentindo, que provavelmente são: medo, insegurança e, às vezes, frustração”.

Para isso, Stella explica que os pais devem tentar se colocar no lugar dos filhos e lembrar de um dia, no passado, em que começaram em uma escola nova, ou de alguém que repetiu de ano.

“Mesmo quando a gente não mudava de escola ou repetia de ano, o recomeço de ano já dava um friozinho na barriga, imagine um recomeço num pós-pandemia, com tantas mudanças que a gente sofreu, e também com as novas mudanças que podem ter acontecido, é muita coisa para uma criança e um adolescente lidar”, pontua a colunista.

Então, Stella reforça que é muito importante que os filhos expressem o que estão sentindo e verbalizem o que estão pensando, pois isso traz um alívio muito grande para eles e eles se sentem acolhidos pelos pais.

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2. Explique quais serão os pontos positivos dessa nova situação

Toda e qualquer situação, por pior ou mais difícil que seja, sempre tem um ponto positivo. Com isso, Stella Azulay argumenta que os pais devem encontrar os pontos positivos dessa nova mudança, dessa nova situação, e verbalizar isso para as crianças e adolescentes.

“Às vezes, a criança repetiu de ano e pra ela isso é o fim do mundo, é um ano que ela ficou pra baixo, ela está atrasada. Mas, tem que explicar quais são os ganhos disso, que ao passar por essa experiência novamente, ela vai ganhar mais força e conseguir aprender de verdade, o que pode fazer diferença para ela lá na frente, explicar que repetir de ano não é o fim do mundo, que aconteceu com várias pessoas que fizeram sucesso”.

Em relação à mudança de escola, também é importante falar sobre essa possibilidade de conhecer novos mundos, novas pessoas e um novo universo que, por um lado, pode parecer assustador, mas, por outro, podem surgir novas oportunidades, amizades diferentes e ainda mais legais e profundas que as anteriores.

3. Traga uma noção de tempo e flexibilidade

As crianças e adolescentes estão apenas começando a vida deles, então, Stella lembra que apesar do ato de repetir de ano parecer algo muito difícil, muito distante de quem está um ano a mais, lá na frente isso não irá fazer a menor diferença.

“Trazer essa noção de tempo futuro é importante, porque esse tempo quando somos menores parece uma coisa maior do que é”, reflete Stella Azulay.

Sobre a mudança de escola, o mesmo se aplica: deve haver a flexibilidade de falar para o seu filho que se não der certo, é só mudar de novo, não tem problema.

“Nada é ou precisa ser definitivo. Então, entender que há essa possibilidade também traz um alívio para eles”.

4. Conte uma história pessoal em que você já se sentiu com medo

Por fim, se você já se sentiu com medo, inseguro ou desconfortável na escola, seja por ter entrado em uma classe nova, mudado de escola ou, até mesmo, por ter repetido de ano, a colunista incentiva que conte a sua história pessoal.

“Eu sempre defendo isso, a nossa história pessoal tem um poder e um impacto muito grandes na educação dos nossos filhos”, conclui.

*Maria Cunha é repórter do Papo de Mãe

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