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SBN estima que a doença renal crônica seja a 5ª maior causa de morte no mundo em 20 anos

O nefrologista Henrique Carrascossi explica a importância de conscientizar a população sobre a doença renal

Redação Papo de Mãe Publicado em 13/05/2022, às 06h00

Um diagnóstico precoce acarreta em uma progressão controlada ou até mesmo retardada na maioria dos casos
Um diagnóstico precoce acarreta em uma progressão controlada ou até mesmo retardada na maioria dos casos

O mais recente levantamento da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) apontou que até 2040, a doença renal crônica (DRC) deve se tornar a 5ª maior causa de morte do mundo. A entidade também afirma que uma em cada 10 pessoas corre o risco de ter problemas renais. Para o nefrologista Henrique Carrascossi, a população precisa estar cada vez mais consciente sobre a importância de uma boa saúde para o adequado funcionamento dos rins.


​“Com a função de controlar a eliminação de líquidos e excreções, além de produzir importantes hormônios para a regulação da pressão arterial e produção de glóbulos vermelhos, é imprescindível que haja uma boa manutenção dos órgãos, que pode ser realizada através de uma boa alimentação, prática regular de exercícios físicos e abandono de práticas nocivas como o consumo exagerado de álcool e tabagismo”, diz o especialista.


​O levantamento da SBN também mostra que o Brasil possui aproximadamente 140 mil pacientes que não apenas precisam lidar com os desafios da DRC, mas que necessitam realizar diálise para se manterem vivos.


​Carrascossi explica que o paciente apenas recebe um diagnóstico de doença renal crônica quando ocorre uma lesão irreversível dos rins, mantida por três meses ou mais. “O que leva a importância da conscientização, pois um diagnóstico precoce acarreta em uma progressão controlada ou até mesmo retardada na maioria dos casos.”

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​Como a doença só costuma se manifestar quando o órgão atinge cerca de 85% a 90% de comprometimento, pacientes que convivam com determinados fatores de risco – hipertensão, diabetes e obesidade – devem se manter ainda mais atentos. Exames regulares de urina e creatinina são comumente utilizados para um monitoramento da saúde desses indivíduos.


​“Lembrando que a DRC possui um prognóstico complicado e muitas vezes um tratamento de alto custo, o que implica ainda mais no acompanhamento médico quando necessário, principalmente em indivíduos acima dos 40 anos, quando os órgãos naturalmente começam a perder sua capacidade renal”, orienta o nefrologista.

Quem é Henrique Carrascossi?
Henrique Carrascossi é médico nefrologista formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva, com residencia médica e título de especialista em nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Associação Médica Brasileira (AMB).
Atualmente, é preceptor do internato médico da Universidade de Araraquara (UNIARA) e do programa de residência médica em clínica médica da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Também atua como médico coordenador assistencialista da enfermaria de clínica médica do Hospital de Ensino e da unidade de urgência e emergência da Santa Casa de Araraquara, além de coordenar o Instituto do Rim Carrascossi, onde oferece a seus pacientes o diferencial da diálise peritoneal (em substituição da hemodiálise).

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