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Hiperêmese gravídica: o que é e como tratar

A hiperêmese gravídica é uma doença que acontece no começo da gravidez e pode estar relacionada com o emocional da mulher

Fernanda Fernandes* Publicado em 21/01/2022, às 12h48

Dra.Ligia Santos, colunista do Papo de Mãe
Dra.Ligia Santos, colunista do Papo de Mãe

“A gente sabe que é normal uma grávida vomitar, é até um dos sinais de alerta para a mulher quando ela talvez não tenha percebido que a menstruação está atrasada. Mas isso é natural desde que não seja exagerado”, é o que afirma a Dra. Ligia Santos.

A ginecologista e obstetra expõe que as mulheres grávidas tendem a vomitar bem no comecinho da gravidez, por volta das 7 semanas, até 10 semanas de gestação. E o vômito é um bom sinal, pois mostra que é um feto viável, que é uma gestação que está evoluindo bem e que está produzindo bastante hormônio.

Porém, ela alerta que existem algumas mulheres que tendem a ter uma quantidade muito maior do que o normal de enjoos e vômitos, e nesses casos é preciso se alertar e procurar um especialista para avaliar e recomendar o melhor tratamento.

Caracterizada pelos vômitos excessivos, a hiperêmese gravídica, é uma doença que acontece no começo da gestação. A doutora Ligia explica que a hiperêmese gravídica é causada exclusivamente pela gravidez, é uma doença que não é muito comum e em alguns casos precisa de internação, pois a medida em que a mulher vai vomitando, ela vai ficando mais debilitada e pode desidratar, ocasionando problemas futuros na gestação.

Mulheres que tem hiperêmese gravídica podem ter bebês menores para a idade gestacional, tem mais chance de ter trabalho de parto prematuro, e a gente não sabe exatamente o quanto essa alteração metabólica pode interferir no bebê que está em processo de formação”.

Assista ao vídeo completo para entender a hiperêmese gravídica

Tratamento

Em relação ao tratamento para a hiperêmese gravídica, Ligia relata que se não houver a necessidade de internação, primeiro é preciso fazer um acompanhamento psicológico.

A médica explica que é de extrema importância dar atenção ao emocional da mulher, porque muitas vezes o vômito é a forma que o corpo encontra para poder manifestar esses desconfortos psíquicos que estão acontecendo.

O acompanhamento psicológico é importante não só porque a mulher está debilitada, mas muitas vezes esse vômito acontece em mulheres que não desejam essa gestação, ou que estão passando por questões de stress, de dificuldade”.

Além disso, outras terapias, como a acupuntura, podem ajudar a fazer um controle desse vômito. Medidas alimentares também são essenciais, a doutora indica: comer menos, evitar a distenção do estômago, dar intervalos menores entre as refeições, comer alimentos mais secos e consumir gengibre.

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Quando essas medidas não são suficientes e através de exames fica perceptível que a mulher não está bem, a ginecologista explica que é preciso ocorrer a internação e a reposição. Nesses casos, uma das primeiras coisas é manter a paciente em jejum até que esses vômitos excessivos sejam controlados, e assim seja possível introduzir a alimentação. 

Muitas vezes a mulher só vai procurar atendimento médico quando já está muito ruim, então observe como estão esses enjoos. É normal ter enjoos na gravidez, mas se tiver, não espere ficar ruim, procure atendimento médico para já tomar medicação e não precisar ficar internada ou passar por procedimentos desagradáveis” reforça Ligia Santos.

*Fernanda Fernandes é repórter do Papo de Mãe

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