Papo de Mãe
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Sororidade materna

Um convite para as mães se enxergarem com mais empatia e sororidade

Silvia Adrião* Publicado em 10/06/2022, às 06h00

A maternidade nos transforma
A maternidade nos transforma

Vamos falar a verdade, ser mãe é incrível! Faz você repensar a vida e a forma como se encara o mundo. Faz mudar hábitos, costumes e rever comportamentos. A maternidade nos transforma, e a gente quer transformar o mundo para melhor, pelos nossos filhos. É um grande exercício de revisão, mudança e encantamento, mas nos coloca o tempo todo em sinal de alerta. É desafiador.

Por mais incrível que o processo de se tornar mãe possa ser, há também momentos em que ficamos cansadas. Não é fácil. Costumo dizer que se você é uma pessoa acomodada, prepare-se, porque ter filhos fará você caminhar, e muito!

E é exatamente por isso que convido a nos olharmos, mães, com mais empatia e sororidade.

Sugestão: assista ao Papo de Mãe sobre

os direitos da mulher que é mãe

Não se deve criticar ou fazer juízo da luta de uma mãe, ainda mais em um país em que a maternidade é tão desrespeitada no mercado de trabalho e em muitos outros ambientes. Recentemente, foi registrado o maior número de mães solo, de acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

Muitas de nós estamos solitárias nessa jornada. Sejamos mais rede, conforto, apoio. Está tudo bem ficar cansada às vezes, está tudo bem buscar ajuda. Precisamos de acolhimento, mas também de autoacolhimento.

Olhe para você e reconheça que está fazendo o melhor que pode. Permita-se ter empatia consigo mesma. Quanto mais humanizada for essa relação com a maternidade, melhor será para nossas crianças. Elas crescem com exemplos de escuta, abrigo. Assim, com repertório para enfrentarem suas batalhas pessoais de maneira mais preparada, elas aprendem, pelos modelos de comportamento que observam, que é importante se respeitar, conhecer suas potências, seus limites, avançar e recolher sempre que a vida exigir.

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É como escreveu o grande Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.

Coragem, Mãe! Você está fazendo um ótimo trabalho!

*Silvia Adrião é diretora da Escola AB Sabin.

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